Fonte de pesquisa: Site do Dr. Dráuzio Varella
“A DEPRESSÃO QUE SEMPRE PARECEU UM MAL EXCLUSIVO DOS ADULTOS, AFETA CERCA DE 1% DAS CRIANÇAS E 5% DOS ADOLESCENTES DO MUNDO.”
As maiores e principais causas da depressão
1- VIOLÊNCIA
2- EXCESSO DE ATIVIDADES
3- POUCA PRESENÇA DOS PAIS NO SEU DIA-A-DIA
A questão material também influencia: as crianças que equiparam a felicidade ao dinheiro são mais propensas a sofrer de depressão do que outras que não dão tanto valor à riqueza e à aparência.
Os pequenos podem apresentar sintomas clássicos de depressão
1- Tristeza
2- Ansiedade
3- Pessimismo
4- Fraquezas
5- Tonturas
6- Mal estar
7- Mudanças no hábito alimentar e no sono
“Na fase infantil, devido a falta de habilidade para uma comunicação que demonstre seu verdadeiro estado emocional, a depressão se manifesta notadamente com hiperatividade. É importante ressaltar que essa doença não se traduz apenas em tristeza e outros sintomas típicos mas sim, no tempo e na motivação para com esses sentimentos. “
Veja abaixo os sinais e sintomas na depressão Infantil:
* Mudança de humor significativa
* Diminuição da atividade e do interesse
* Queda do rendimento escolar
* Distúrbios do sono
* Condutas agressivas
* Perda da energia física e mental
* Fobia escolar
* Perda ou aumento de peso
* Cansaço matinal
* Irritação ou choro fácil
* Sentimento de rejeição
* Ansiedade e hipocondria
* Idéias mórbidas (chegando a pensar em suicídio).
*** Não é obrigatório que a criança depressiva complete todos os itens da lista para se fazer um diagnóstico. Ela deve satisfazer um número suficiente para despertar a atenção.
Fatores de risco
Existem fatores desencadeantes que aumentam o risco de quadros depressivos nas crianças?
Existem. Como nos adultos, luto, perdas, separação dos pais, dificuldade de adaptação a situações novas, mudança de escola e de domicílio podem gerar estresse, que vai desgastando a criança e conduzindo a um quadro depressivo. No entanto, na maioria dos casos, existe um componente hereditário, genético, mais significativo do que nos adultos, responsável pelo desencadear quadros de depressão na criança.
Filhos de pais depressivos ou com parentes próximos com quadros de depressão correm maior risco de apresentar o problema?
Correm, e a depressão que se inicia na infância, geralmente, é mais grave. Por isso, a criança deve ser tratada o mais rápido possível.
Qual é o inconveniente de não diagnosticar a doença precocemente?
Primeiro, a dificuldade de aprendizado é grande. Depois, a criança vai crescer achando que a alegria estampada nas outras pessoas não foi feita para ela e conforma-se com esse referencial. Mais tarde, quando adolescente, estará mais propensa ao uso de drogas, porque irá procurar alguma coisa que alivie esse desconforto permanente. Não é possível que só os outros consigam ser felizes.
Nos adultos, a estimativa é que para os quadros depressivos sejam mais freqüentes nas mulheres (três mulheres para cada homem). Nas crianças, essa diferença entre os sexos também existe?
Na infância, a ocorrência de depressão é praticamente igual nos dois sexos. A diferenciação começa na adolescência, fase em que as meninas são mais vulneráveis e, sem dúvida, a questão hormonal interfere consideravelmente nesse processo.
Como é possível detectar a depressão nas crianças tímidas?
É dificílimo. A criança tímida tem dificuldade em ambientes sociais, mas sente-se bem convivendo com um grupo menor de pessoas, ou quando está sozinha. O deprimido não está bem em lugar nenhum, em situação alguma.
SUICÍDIO NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
*** MORTE CONSCIENTE ***
Refletido, Voluntário, Intencional
*** MORTE INCONSCIENTE ***
Se expõe a situações de risco, acidentes freqüentes, importante nos conscientizarmos que as crianças podem se matar.
*** Os casos geralmente são escondidos pelas famílias, pela sociedade, até os médicos escondem, não colocando no atestado de óbito a verdadeira causa.
Crianças com menos de 5 anos não consideram a morte irreversível.
Com 6 anos teme a morte da mãe e não crê na sua própria morte.
Com 7 anos pensa na morte como algo humano, mas só vagamente que um dia morrerá.
Com 8 anos aceita que todos vão morrer um dia e ela também.
Com 9 anos passa a aceitar a idéia de morte com realismo de caráter biológico.
Importante valorizar uma primeira tentativa de suicídio como um desejo real de morte, para prevenir as futuras.
O método mais usado por crianças maiores de 7 anos é o de ingestão de medicamentos.
As crianças menores parecem associar mais morte com violência e procuram se jogar de lugares altos, uso de facas, enforcamentos ou se jogam embaixo de veículos.
*** Manifestações na fase pré-verbal
Expressão facial, postura corporal, inquietação, retraimento, choro, recusa de alimentos, apatia, perturbações do choro e resposta diminuída aos estímulos visuais e verbais.
*** Fase pré-escolar
Dores abdominais, peso abaixo da idade, fisionomia triste, lamentação, irritabilidade, diminuição do apetite, agitação psicomotora ou hiperatividade, transtornos do sono, ansiedade, balanceios, movimentos repetitivos, agressividade e sempre ficar se colocando em situações de perigo, ou manifestando medos difusos.
Progredindo pode haver regressão da linguagem, ecolalia e enurese. Manifestações de dependência excessiva, ansiedade de separação, controle precário de impulsos.
*** De 6 a 12 anos
Tristeza, choro fácil, apatia, movimentação lenta, voz monótona, falam de modo desesperançosos e sofrido, falam sobre si mesmas em termos negativos:
“sou ruim mesmo”, “ninguém se preocupa comigo”. Baixa auto-estima, auto crítica exagerada, pensamentos de suicídio ou morte. Humor irritadiço ou instável. Perda de interesses.
Deterioração escolar. Medos difusos. Dores de cabeça e abdominal. (3%).
*** De 12 a 16 anos
Sentimentos depressivos de desesperança, dificuldades de concentração, tentativas de suicídio. Insônia ou hipersonia, alterações no apetite,provocando alterações no peso, perda de energia e desinteresse pelas atividades diárias e extracurriculares. Irritabilidade quase sempre presente. Pode iniciar uso de drogas e uso abusivo de remédios.(8%)
*** De 16 a 21 anos
Risco aumentado de suicídio por haver maior facilidade, anedonia, irritabilidade,crises de choro, isolamento, uso abusivo de drogas. (12%)
A irritabilidade é o sintoma que mais diferencia a depressão na infância/adolescência da do adulto.
A depressão na criança ocorre na mesma incidência nos dois sexos.
Na adolescência (= nos adultos),é duas vezes mais freqüente na mulher.
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